terça-feira, 30 de agosto de 2011

Pryscila Vieira escreve sobre Ali Ferzat

Assim como o site Cartooning For Peace – Dessins Pour la Paix, que publicou uma série de charges denunciando a violência sofrida pelo desenhista Ali Ferzat ; Pryscila Vieira, nossa talentosa cartunista, acaba de registrar um texto sobre o absurdo atentado sofrido por nosso colega sírio. O artigo pode ser visto diretamente no site Papo de Homem, mas nós resolvemos surrupiar o texto da Pry e postá-lo por aqui também. Aliás, nunca é demais denunciar esse tipo de violência contra a liberdade de expressão.


Com o Riso, castigam-se os costumes

Na última quinta-feira, o cartunista sírio antirregime Ali Ferzat foi sequestrado, espancado e teve suas mãos propositalmente quebradas por ativistas e representantes de forças de segurança do governo Bashar Assad. Os agressores agiram de tal forma para que o artista “nunca mais voltasse a desenhar sobre a liberdade”.

Ali Ferzat tem 60 anos e uma carreira brilhante. É um dos mais influentes cartunistas do planeta, presidente da Associação dos Cartunistas Árabes e grande historiador gráfico engajado em satirizar a hipocrisia dos líderes árabes e as injustiças com que os povos do Oriente Médio convivem. Um dos famosos cartuns de Ferzat é, ironicamente, o retrato do que Bashar Assad gostaria de encontrar na cabeça de seus artistas: nada.

Felizmente, a cabeça de Ali Ferzat continua cheia de ideias. E suas mãos, apesar de quebradas, continuam exprimindo com inteligência e sutileza a revolta de seu povo. Vejam a resposta que ele acabou de desenhar para os seus agressores.

Lembrei-me do bom e velho ditado latim, que ainda pretendo tatuar nessa minha testa de cartunista: “Ridendo Castigat Mores” (Com o riso, castigam-se os costumes.)

A resposta de Ali Ferzat

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