sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Maurício Azêdo

Maurício Azêdo
 
Uma das melhores exposições que tive oportunidade de ajudar a realizar, foi a que comemorou o Centenário da ABI - Associação Brasileira de Imprensa, em abril de 2009. O evento ganhou o título de "Traços Impertinentes" e aconteceu no Centro Cultural da Justiça Federal, contando com 54 cartunistas de todo o País. Na época, convidamos, entre muitos desenhistas experientes, o jovem João Montanaro. O resultado foi um ótimo público e um belíssimo catálogo caprichosamente criado pelo cartunista Ucha.
Quem me apresentou Maurício Azêdo foi a desenhista Lêda Acquarone de Sá. Na ocasião tentei levar para a ABI uma exposição em homenagem ao caricaturista Raul Pederneiras (o único desenhista a presidir a ABI). Maurício achou a ideia interessante, mas me pediu para aguardar o Centenário da ABI para montar uma exposição de humor ainda mais abrangente. Tempos depois, recebi o convite para participar do evento junto com o jornalista Ricky Goodwin.
Hoje, enquanto estava trabalhando, recebi a notícia da morte de Mauricio Azêdo que presidia a ABI desde 2004.
Sei que muita gente não gostava dele e torcia por sua saída da presidência da ABI, mas ninguém poderá deixar de reconhecer seu valor como militante e idealista. Mauricio pegou a ABI falida e com riscos reais de perder sua sede histórica. Como grande articulador político, conseguiu os apoios necessários para salvar a sede da instituição de um possível leilão. Lamento sinceramente sua morte.